MOSAICOS DE UMA VIDA

Juntando cada peça forma-se o mosaico de minha vida. Tantos sentimentos me envolvem. Sentimentos ruins, outros bons. Saudade de quem se foi para eternidade. Saudade de quem posso ligar para ouvir a voz. Tristeza pelas metas não cumpridas e alegria pelos objetivos alcançados. Gemidos de dor, outros de prazer.

26 de dez. de 2010

Mosaicos de uma vida

Mosaicos feitos por mim
Juntando cada peça forma-se o mosaico de minha vida. Tantos sentimentos me envolvem. Sentimentos ruins, outros bons. 
Saudade de quem se foi para eternidade. Saudade de quem posso ligar para ouvir a voz. Tristeza pelas metas não cumpridas e alegria pelos objetivos alcançados. Gemidos de dor, outros de prazer.

30 de nov. de 2010

Conversa afiada no chat - 1


Fafá diz: Quem é?
Douglas diz:Douglas
Fafá diz: Isso estou vendo. Douglas de onde? Desculpe-me, mas não estou lembrando
Douglas diz: vc me a dd
Fafá diz:  não... engano seu... vc me add e eu aceitei pensando q conhecia
Douglas diz:  no bate papo selenbra vc me deu o seu msn
Fafá diz: q danado é "selenbra"? é o nome de um site de bate papo? Nunca entrei nesse
Douglas diz:  dai vc passo pra
Fafá diz: “Passo” pra vc?  Sei
Douglas diz: mais mediscupa de peguntar mais vc tem quantos anos
Fafá diz: Quanto anos vc tem?
Douglas diz: 19
Fafá diz: Sério? Isso tudo? Já não fazem mais adultos como antigamente. Você também acha?
Douglas diz: O q?
Fafá diz: Onde você mora?
Douglas diz: paranaqua
Fafá diz: Já ouvi falar em Paranaguá no Paraná. Fica perto?
Douglas diz: UM
Fafá diz: esse UM é de 1 quilômetro de distancia?
Douglas diz: E vc mora onde?
Fafá diz: Em kmara-Gib rsrsrsr
Douglas diz: Nunca ouvi falar
Fafá diz: Imagino que não. Fica uns quilômetros de distancia do marco zero de Recife
Douglas diz: vc gosta de fase oq
Fafá diz: como assim... fase? fase da lua? crescente, minguante? essas coisas?
Douglas diz: não. se vc gosta de musica de qual musica
Fafá diz: ah ta... gosto de música romântica
Douglas diz: UM. eu nao gosto muito
Fafá diz: não? Gosta de que? No mínimo é funk
Douglas diz: eu gosto muito de fanck e vc gosta
Fafá diz: tu gostas né? Imaginei.. Legal!
Douglas diz: mais vc tanbem gosta
Fafá diz: não sei dançar funk. Só gosto de música que consigo dançar, entende? Tipo assim... um frevo, maracatu, samba, ciranda, coco...
Douglas diz: UM. eu queria ver vc dançar
Fafá diz: quando você escreve UM, vocês está querendo dizer o que?
Douglas diz: q bom
Fafá diz: Um quer dizer "que bom"? Sei
Douglas diz: sim. aki ne. mais nao sei ai
Fafá diz: Então se eu precisasse falar... QUE BOM que existe a opção bloquear no msn eu também poderia dizer assim:  UM que existe a opção ... Entendi rsrsrs
Douglas diz: entao cm vcs fala ai
Fafá diz: A gente não fala. A gente faz. Ou seja, bloqueia logo. E por falar nisso eu terei que sair agora. Vou levar meu mouse
Douglas diz: esquesido NE.. esquersito ne
Fafá diz: Esquisito? É!
Douglas diz: levar seu mouse ond?
Fafá diz:  Preciso levá-lo. Levá-lo até a opção BLOQUEAR CONTATO. Bem em cima do teu nome....
Douglas diz: va agora nao
Fafá diz:Tchau querido, um cheiro! kkkkkkkkkkk

26 de set. de 2010

Finasterida e Infertilidade


Quando o assunto é infertilidade geralmente as pessoas remetem-se às mulheres como a detentora do problema. Segundo especialistas em reprodução humana 1/3 dos casos de infertilidade está relacionado ao homem, 1/3 às mulheres e 1/3 ao casal ou causa desconhecida.

Após várias leituras além das idas e vindas aos consultórios fui conhecendo um pouco do universo masculino no que tange suas possíveis causas de infertilidade. Vale frisar que nem todo problema é definitivo. Os links ao final do texto discorrem com mais detalhes sobre tais problemas. Quero apenas alertar sobre o uso do medicamento finasterida (utilizado para calvície masculina). Este pode ter sido o motivo para baixa motilidade no exame de espermograma do meu esposo. O resultado foi 8% após três meses usando o medicamento.  Passado um ano da interrupção do finasterida o exame normalizou subindo para 50%.

Vale salientar que não foi feito nenhum tratamento para alteração do resultado, apenas a suspensão do medicamento. De acordo com os médicos que conversamos não é possível dizer com precisão se este remédio foi o causador do problema, mas a bula cita como reação adversa a diminuição da libido, a disfunção erétil e a diminuição do volume ejaculado; além disso, o remédio é contra indicado para mulheres, principalmente as grávidas para evitar lesão ao feto.

Como citei anteriormente há inúmeras causas para infertilidade; estas estão divididas entre a mulher, o homem e o casal. Portanto, cabe ao casal uma investigação minuciosa e cuidadosa para não depositar apenas em uma pessoal a carga de um problema que no final das contas é dos dois.

Bom, passado o susto... tudo normal com Ele também. Agora é só treinar e deixar Deus fazer a parte dele.

Algumas fontes consultadas:

25 de jun. de 2010

HISTEROSSALPINGOGRAFIA

Em maio novos exames foram solicitados. Hormônios normais, ovulação idem. Foi quando minha ginecologista indicou o exame histerossalpingografia. Até o nome assusta. Trata-se de um exame de raios-X com contraste de iodo, o que possibilita investigar as condições do útero e das trompas.

Fiz o exame em Junho. Li muito sobre o mesmo e  soube que causa muita dor. Segundo relatos de mulheres que fizeram esse exame, trata-se de uma cólica menstrual. Então pensei que pra mim seria moleza. Afinal, cólica menstrual eu tenho todos os meses, ao ponto da vista escurecer e não consegui sair da cama.

A histerossalpingografia foi muito dolorida pra mim. O ritual começou assustar logo de inicio, pois foi solicitada a presença de uma anestesista caso precisasse sair dali para uma urgência. Uma segunda pessoa veio pra me ensinar como respirar na hora do exame. A orientação foi seguida da frase: “o sucesso do exame vai depender da sua respiração. É preciso respirar bem fundo para evitar um desmaio” (SIC)

A terceira pessoa que esteve comigo na hora do exame foi a técnica de raio-X. Ela me explicou que sentiria um pouco de dor, mas que o exame era bem rápido. Tentou me acalmar. Eu continuava a pensar: elas pensam que não sei o que é cólica menstrual.

A anestesista e a auxiliar foram orientadas a ficar por traz da parede de vidro. Enquanto a técnica vestiu-se de tal forma que parecia uma astronauta. Era preciso se proteger da radiação.

No primeiro momento do exame tira-se a radiografia da região pélvica. Em seguida fica-se em posição ginecológica e começa a introdução do iodo através de um cateter. É neste momento que sentimos dor. E não é uma simples cólica menstrual. É algo muito superior. Não conseguia gemer, não conseguia chorar. Sentia que estava perdendo as forças. A auxiliar por traz do vidro não parava de gritar: RESPIRA, RESPIRA, RESPIRA.

Por fim terminou o exame, as dores permaneciam porem com menos intensidade. Ainda não era o momento de levantar. A anestesista ficou ao meu lado segurando minha mão e falou que só sairia de perto de mim quando voltasse minha cor, pois estava muito pálida. Enquanto me recuperava escutei o comentário delas dizendo que eu era muito forte, pois não tinha deixado cair uma lágrima.

Elas não tinham idéia de como eu chorava por dentro. A dor se misturava com o medo do resultado do exame. Não agüentei esperar o resultado, pois precisava deitar chorar, enfim. Já em casa fiquei um tempo curtindo um banho quente. Chorei o máximo que pude. No dia seguinte recebi o resultado. Graças a Deus estava tudo bem com útero e trompas de falópio.

O conselho que dou para quem precisar fazer esse exame é tentar faze-lo anestesiada. Vi relato de pessoas que se submeteram a anestesia geral. Porém, há relatos também de mulheres que não sentiram nada durante o exame, mesmo sem anestesia. Vale salientar que existem procedimentos que antecedem o exame como ingestão de antialérgico e analgésico. Este último pra mim em nada adiantou.

10 de mai. de 2010

Histórias do Caminho - 5


Durante o Caminho de Santiago as paradas necessárias eram breves uma vez que não ficamos em albergues, mas sim em pousadas e afins previamente agendadas. Há quem diga que peregrino de verdade deve ficar em albergue, participar da ceia coletiva, dividir o quarto com várias pessoas desconhecidas, aventurar vaga em albergue e caso não consiga é necessário caminhar até o próximo povoado, enfim...

Nós não nos importamos com as críticas. Afinal, ter um local acolhedor, ter privacidade e dormir com um mínimo de conforto era merecedor depois de uma caminhada diária de 30 km. Vale salientar que poderíamos fazer em menos quilômetros, mas teríamos que passar mais dias no Caminho. Não tínhamos tempo suficiente devido nossos compromissos que só foram esquecidos durante a peregrinação.

Em alguns momentos de silencio e reflexão nos perguntávamos por que estávamos fazendo a peregrinação. Eu pelo menos não tinha resposta. Minha irmã me perguntava se eu faria novamente. Sinceramente, não que eu tenha me arrependido, só faria novamente com mais dias disponíveis. Acredito que com menos quilômetros por dia as dores não seriam tantas e tão intensas. E as paisagens que deixei de apreciar e fotografar com certeza seriam vistas com outros olhos.

Mesmo com dores e cansaço as paradas para descanso e as paradas noturnas eram regadas de uma cervejinha ou claro, um vinho para esquentar.


Quando me perguntam se mudei alguma coisa com a peregrinação, se houve algum encontro espiritual, algo transcendental, eu respondo que não fui para mudar nada, mas sim para enfatizar o meu EU, elevar ainda mais minha auto-estima. Se isso é mudar, então mudei!

E para os que dizem que não fomos peregrinas autenticas eu só tenho a dizer que cumprimos nossa meta, realizamos nosso sonho e para comemorar nossa felicidade em Santiago nos deliciamos com a culinária local.

6 de mai. de 2010

Histórias do Caminho - 4


É praticamente impossível fazer o Caminho de Santiago de Compostela e concluí-lo sem sentir dor. Meu preparo físico meses antes de começar a peregrinação estava limitado à uma hora de caminhada por dia num parque com superfície plana. Já durante o Caminho de Santiago existia lama, pedra, muitas subidas; isso tudo eu já esperava, mas não levei em consideração que não seria apenas uma hora de caminhada ou poucos quilômetros. Caminhávamos de 15 km a 30 km por dia.

Já me disseram que era impossível concluir o Caminho sem bolhas nos pés. Isso nós conseguimos. Para tanto, os cuidados necessários não foram esquecidos. Meias grossas, bota confortável e previamente amaciada, cremes e a qualquer sinal de desconforto era preciso parar e verificar o problema antes de prosseguir.
 


Mesmo com tantos cuidados minha irmã machucou o pé, sendo preciso caminhar alguns trechos de sandálias e as botas ficaram penduradas na mochila. Para ela as descidas doíam os pés e as subidas para mim desencadeavam crise asmática. Por isso, inicialmente ela torcia pelas subidas e eu pelas descidas, mas nosso instinto mudou nossos desejos.

Como forma de preocupação, cuidado e solidariedade passei a desejar as subidas e ela as descidas. E nessa sintonia seguíamos rumo à Santiago.

Histórias do Caminho - 3


Ao longo do Caminho de Santiago de Compostela existem alguns pontos de apoio para descanso, alojamentos, albergues, lugares para refeição, uso do sanitário, ou simplesmente para carimbar a Credencial de Peregrino. Afinal, este documento comprova a peregrinação e deverá ser apresentada em Santiago.

Logo na primeira parada conhecemos Maria, uma coereana estudante de teologia e que já estava no Caminho há seis dias. Como lembrança Maria deixou num papel meu nome e apelido escrito em seu idioma. Depois seguiu rumo a Santiago em passos rápidos.

Algo bastante curioso me chamou atenção durante a peregrinação no Caminho de Santiago. Era possível encontrar muitos objetos deixados pra trás pelos peregrinos. 



O cansaço e as dores traziam a necessidade de se desfazer do excesso de bagagem; por isso casacos, luvas, garrafa-térmica, botas, capa de chuva, e até mesmo sacolas com lanches e água foram abandonados. Resumindo, durante o caminho é possível ver o desapego às coisas materiais. 

A cada parada tínhamos contato breve com outros peregrinos de diversas partes do mundo. Alguns sozinhos, outros em grandes ou pequenos grupos. Na maioria das vezes o único contato era o desejo de bom caminho. Vários peregrinos ou nativos nos cumprimentam expressando esse desejo.  A frase foi ouvida inúmeras vezes, em diversos sotaques, mas sempre em espanhol: BUEN CAMIÑO.

5 de mai. de 2010

Histórias do Caminho - 2


Para se obter a Compostelana (certificado que comprova a realização do Caminho de Santiago de Compostela) é necessário caminhar no mínimo os últimos 100 km do Caminho de Santiago. Sendo assim, no dia 05/04/10 iniciamos o caminho propriamente dito a partir de Sarria há 114 km de Santiago. A saída foi pouco animadora diante do frio que estava fazendo. Mesmo com o sol brilhando e céu azul, a temperatura era de 13°C; para mim que estava saindo de uma temperatura mínima no Recife de 30°C foi necessário usar duas calças e duas blusas.

As belas paisagens com riachos, montanhas, pedras, correntezas d’água e  fontes de água, provocavam-me euforia e felicidade por tamanha beleza numa oportunidade sui generis.


Todo o Caminho é sinalizado com uma seta geralmente amarela, uma concha e desenho de um peregrino. Não tem como se perder. Tudo me deixava deslumbrada e era motivo para uma paradinha básica apenas para um clik. No início, ainda não tinha idéia do que me esperava mais adiante, então fotografias não faltaram. 


Porém, nem todo caminho foi tão maravilhoso. Umas três horas depois do inicio comecei a sentir um pouco de calor e forte cansaço, não apenas físico, mas principalmente asmático.Enfretamos escadarias, pedras, lamas, além das mochilas e por isso o final deste primeiro dia foi marcado por muitas dores. Dores que começaram na virilha, depois nas costas e se somaram às outras dores. 



Enfim, eu só desejava chegar ao nosso destino (daquele dia) e descansar, dormir. Por algum momento pensei que não conseguiria prosseguir no dia seguinte. As dores eram tão intensas que as belas paisagens deixaram de ser fotografadas; foram apenas apreciadas e permanecem muito forte em minhas lembranças.

Histórias do Caminho - 1

Logo no primeiro dia do Caminho de Santiago em 05/04/10 aconteceu um fato a priori assustador, mas tudo acabou em risadas. Já era início de noite, o sol ainda brilhava e o cansaço e dores imperavam.

Estávamos loucas para chegar ao nosso local de parada e descanso, porém com tanta dor na virilha não era possível fazer muito esforço.Os passos lentos e desanimadores cessaram quando chegamos num local tipo um bosque. Árvores muito próximas umas das outras e bastante altas tornavam o ambiente escuro. Uma placa sinalizava “peligro – gravillas sueltas”.
Sorriso de dor antes de ler a placa de perigo
Sem saber o que seria gravillas começamos a andar rápido, quase correndo e procurando algum lugar onde pudéssemos nos esconder caso a tal da gravilla aparecesse. Imaginamos que podia ser veado ou mesmo um bicho tipo monstro da Tanzânia.

Por fim passou o “perigo” e logo depois ficamos sabemos que na língua galega (falada na Galícia) gravillas significa cascalhinhos ou pequenas britas/pedras pequenas. Sendo assim, deveríamos andar com cuidado pra não cair, só que fizemos exatamente o contrário.

4 de mai. de 2010

Contratempos - Caminho de Santiago

Faltando uns 15 dias para minha viagem rumo ao Caminho de Santiago peguei conjuntivite. No dia da viagem os olhos ainda estavam inchados. Por orientação do oftalmologista era necessário continuar colocando colírio a cada duas horas. Meu colírio acabou sendo descartado no aeroporto do Recife porque não estava acondicionado em saco plástico zipado.

Com esse contratempo acabei me atrasando. Só me toquei quando fui anunciada para comparecer ao portão de embarque (ultima chamada). Ai meu Deus... Sai correndo desesperada acompanhada de um funcionário que passava pelo rádio a informação de que eu já estava a caminho.

Já acomodada dentro do avião e indignada por estar sem meu colírio outro fato começou a me atormentar. Um menino aparentando uns três anos, super inquieto e não parava de gritar: VAI AVIÃO, QUE DEMORA. VOA DANADO!

O pai e os passageiros achavam a maior graça. Quando o avião começou a decolar o menino se animou todo e gritava ainda mais alto: COMEÇOU A SUBIR. SOBE AVIÃO. SUBIU ESSE DANADO.

Mais risos da platéia. E eu imaginando como seria minha viagem sentada ao lado daquele menino. De repente ele começa a gritar: AGORA SE PREPARAR PARA CAIR. CAI AVIAO DANADO.

Ninguém riu. Só eu aqui por dentro kkkkkkkkkkkkk O pai ficou nervoso, brigou com o filho fazendo-o calar. Comecei a ouvir frases de alguns passageiros. Coisa do tipo: Cuida de nós, senhor. Deus está conosco. Amém.

Bom, tudo ficou quieto, menino calado e todos na paz até a conexão. Quando o menino já estava saindo do avião virou para quem ainda estava dentro e gritou: VAO FICAR PRESOS AI DENTRO, ESSES DANADOS.

Risos da platéia e do pai abestalhado e alívio pra mim por não ter que seguir viagem com aquele menino danado.

3 de mai. de 2010

Bota - Caminho de Santiago


Bota timberland
Um ponto importante para o sucesso no Caminho de Santiago é a escolha da bota ou tênis. Eu optei por uma bota própria para pisos inconstantes (plano, declinado, seco, molhado). Comecei a usá-la um mês antes para amaciamento e adaptação nos pés.

 
Precaução - Caminho de Santiago


Durante o Caminho usei meias grossas e por medida de precaução coloquei curativo tipo band aid nos pontos onde poderia formar bolhas. Terminei o caminho sem nenhum problema nos pés.

2 de mai. de 2010

Credencial de Peregrina

Para mim os primeiros passos do Caminho de Santiago tiveram início quando tomei a decisão de fazê-lo. Essa decisão foi seguida do corre-corre para planejamento, providências e tudo que fosse necessário para a viagem.

Minha Credencial de Peregrina
Uma das providências foi à aquisição da Credencial de Peregrino na Associação Amigos do Caminho de Santiago. Neste dia, ao me dirigir para o elevador onde está situada a Associação um “cidadão” me mandou usar o elevador de serviços e não o social. Ele incorporou essa forma de conceituar as pessoas, forma adquirida em sociedade, seja por sua cor, seja pela altura do seu salto ou mesmo pelo seu traje esporte ou fino. Quanto a mim, cheguei ao meu crescimento pessoal. Por isso, limitei-me a dizer: é exatamente pelo social que devo ir.

1 de mai. de 2010

PEREGRINAÇÕES: Ser mãe e Caminho de Santiago

No início de 2010 pensei na possibilidade de fazer o Caminho de Santiago de Compostela. Dessa vez nada de adiar gravidez. Continuei os treinos, mas confesso que lá no fundo torcia para não engravidar antes dessa segunda viagem para Espanha. A primeira viagem teve um caráter mais turístico e essa tinha um sentido diferente. Precisava de algo tranqüilo, nada de poluição, muito menos agitação. Era preciso esquecer tudo e todos, incluindo trabalho, estudo, comida pra fazer, roupa pra lavar e casa para arrumar. Precisava de um momento meu, no qual pudesse pensar mais em mim, nos próximos passos que daria.

A decisão final de fazer o Caminho de Santiago aconteceu em fevereiro. Comprei as passagens e viajei em Abril; um mês depois de entregar os trabalhos de conclusão de curso da pós-graduação. Parecia um sonho! Foi divino!

8 de mar. de 2010

Dia da Mulher - 2010 (por Adauto Júnior)


Coloquei a palavra mulher em um site de busca e obtive os seguintes resultados na primeira página: mulheres com auto-estima elevada, mulher pelada, guia de mulher, planeta da mulher, universo da mulher, bolsa de mulher, saúde da mulher, amor e sexo, horóscopo, moda, beleza, notícias sobre mulher. Há muito sobre a mulher. Na verdade parei na primeira página porque sei que há muito sobre a mulher nela mesma. As mais absurdas das fantasias, o amor mais louco, a forma de admiração mais profunda, a maior dor da sua vida, a maior felicidade, o que ela não contou, o que ela contou, o que ela conta... Quem dera eu estar guardado ali, bem no cantinho, entre o seu primeiro beijo e o seu primeiro amor, assim eu saberia escrever sobre ela com maior profundidade. É isso que falta: profundidade. Sempre somos superficiais ao comentar algo sobre ela. Aí surge a velha frase: “não entendemos as mulheres”. Entendemos. Entendemos que é impossível saber plenamente sobre algo sem explicação. Quer um exemplo? Diga-me de onde viemos, para onde vamos, como surgiu o universo? Pois é, a mulher é mais ou menos assim, como o universo, só que intangível, e dentro dela. Ela transita carregando tudo o que precisamos saber para entender os maiores mistérios que explicaria até a frase mais feita do universo: “há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”. E que ela não revele nada, porque estarei sem ouvidos neste fascinante oculto penetrável.